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Polícia Civil de SC desmantela grupo criminoso especializado em furto de caminhões e semirreboques

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Brasília, 04/06/2025 – Uma operação da Polícia Civil de Santa Catarina (SC), denominada Cavalo Paraguaio, desarticulou uma organização criminosa especializada em furto, adulteração e envio de caminhões tratores e semirreboques para o Paraguai. Nesta quarta-feira (4), a corporação cumpriu nove mandados de prisão e 11 de busca e apreensão nas cidades de Sangão e Tubarão, no estado catarinense; e Maringá e Santa Terezinha de Itaipu, no Paraná (PR). Também foram feitas diligências em território paraguaio. As investigações prosseguem.

O secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Mario Sarrubbo, enfatiza que a ação consagra a eficiência do trabalho integrado. “Essa é a mais pura demonstração do quão eficiente é a resposta do Estado quando as nossas forças trabalham de forma integrada, interna e externamente.”

Ainda de acordo com o secretário, o governo brasileiro está atuando de forma eficaz, não importando se os criminosos atuam local ou transnacionalmente. “Essa é a visão e esse é o objetivo. A nossa diretriz é integração entre as forças internas e com os nossos países vizinhos e as demais nações da América Latina, porque, só dessa forma, vamos vencer o crime organizado”, diz Sarrubbo

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Até o momento, foi comprovado o envolvimento do grupo no furto de, pelo menos, 15 caminhões e semirreboques. Parte desses veículos, que já tinha sido adulterado, foi recuperado, inclusive os que já estavam no interior do Paraguai.

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Também ficou comprovado que um dos integrantes da organização criminosa é cidadão paraguaio, com ordem de captura internacional, incluída na Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), o que mostra o nível de organização e alcance internacional da associação criminosa.

A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF), por meio do Núcleo de Cooperação Internacional de Santa Catarina e Adidância da Polícia Federal em Assunção e do Centro Integrado de Segurança Pública e Proteção Ambiental (Cisppa), vinculado à Senasp.

Atuação

As investigações revelaram que membros da organização, residentes em Santa Catarina, faziam levantamentos em pátios de oficinas mecânicas e postos de combustíveis e repassavam essas informações para comparsas no Paraguai. A partir disso, eram organizados comboios de motoristas e caminhões tratores que se deslocavam até o sul do estado para a prática dos furtos.

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Após desativarem sistemas de segurança e monitorarem os alvos, os criminosos invadiam os pátios, acoplavam os caminhões aos semirreboques ou subtraíam os conjuntos completos, seguindo viagem até o Paraguai. Durante o percurso, substituíam as placas originais por placas paraguaias e faziam constantes inspeções para detectar e remover eventuais rastreadores.

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Cavalo Paraguaio

O nome da operação Cavalo Paraguaio faz referência ao modus operandi do grupo criminoso: os integrantes atravessavam a fronteira do Paraguai com caminhões-tratores (cavalos mecânicos) para buscar veículos furtados e adulterados em território catarinense, retornando posteriormente ao país vizinho com os bens subtraídos.

A organização criminosa é atualmente considerada a mais atuante e estruturada em Santa Catarina no furto de caminhões e semirreboques, com alto grau de especialização, articulação interestadual e transnacional. O líder do grupo tem mais de 20 anos de histórico criminal e mais de 12 inquéritos policiais instaurados por crimes semelhantes, sendo considerado indivíduo de alta periculosidade e vasta experiência na prática criminosa.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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