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R$ 300 Mil Apreendidos às Vésperas da Eleição em Sorriso: Envolvimento Político em Debate

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A apreensão de R$ 300 mil em espécie, realizada em Sorriso (400 km de Cuiabá) às vésperas da eleição municipal, trouxe à tona um caso com possíveis implicações políticas. A operação foi conduzida pelo agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Felipe Dias Mesquita, figura conhecida na política local.

Mesquita, que já ocupou o cargo de secretário de Segurança, Trânsito e Defesa Civil em 2018, na gestão do então prefeito Ari Lafin (PSDB), rompeu com a administração e tornou-se opositor do prefeito. Atualmente filiado ao MDB, o policial foi um dos apoiadores da campanha do vereador Leandro Damiani (MDB), derrotado pelo prefeito eleito Alei Fernandes.

Antes de integrar o MDB, Mesquita foi filiado ao Podemos, partido pelo qual contribuiu financeiramente com campanhas de candidatos à Câmara Municipal em 2020. Em abril deste ano, ele migrou para o MDB, e seu nome chegou a ser cogitado para reassumir a Secretaria de Segurança caso Damiani fosse eleito.

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A apreensão e os desdobramentos

O caso ocorreu na noite de 3 de outubro, quando a PRF abordou o agricultor Nei Francio, que estava em posse do valor apreendido. Francio alegou que o dinheiro era fruto da venda de uma produção de arroz, mas o boletim de ocorrência gerou questionamentos sobre os procedimentos adotados.

De acordo com o registro obtido com exclusividade, Francio foi mantido por várias horas antes de ser formalmente ouvido. A abordagem foi realizada por volta das 23h00, mas o boletim de ocorrência foi confeccionado apenas às 9h45 do dia seguinte, sendo assinado eletronicamente por Mesquita.

Repercussão e contexto político

O episódio levantou debates sobre as possíveis motivações e consequências políticas da apreensão, considerando a proximidade com as eleições e o histórico de envolvimento de Mesquita na política local. A ligação do policial com candidatos opositores ao atual prefeito intensificou os questionamentos.

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Enquanto a origem do dinheiro ainda é alvo de apuração, o caso evidencia a sobreposição entre segurança pública e interesses políticos em um momento sensível para o município. As investigações devem esclarecer se há alguma irregularidade ou se o episódio foi apenas um reflexo das tensões eleitorais.

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