Direto de Brasília
Exame/Ideia: Lula lidera com 45% e Bolsonaro aparece com 36%
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Nova pesquisa Exame/Ideia divulgada nesta quinta-feira (23) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando as intenções de voto no primeiro turno, com 45% na pesquisa estimulada, isto é, quando os entrevistados recebem uma lista com os nomes do pré-candidatos. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) , aparece em segunda posição, com 36%.
Em terceiro lugar, de acordo com os dados, está o ex-ministro Ciro Gomes, com 7%, seguido pela senadora Simone Tebet (MDB), com 3%, e pelo deputado federal André Janones (Avante), com 1%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, fazendo com que Ciro, Tebet e Janones estejam empatados tecnicamente.
Depois, aparecem os nomes de Luiz Felipe D’Avila (Novo) e Pablo Marçal (Pros), que têm 0,5% cada; a sindicalista Vera Lucia (PSTU) tem 0,3%; e Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP) e o deputado federal Luciano Bivar (União Brasil), 0,1% cada. Conforme a margem de erro, esses pré-candidatos empatam com Tebet e Janones, mas não com Ciro.
Brancos, nulos e os entrevistados que não escolheriam nenhuma das opções somam 3%. Os que não sabem são 4%.
Os resultados da pesquisa de hoje não são comparáveis com a da última, realizada em maio, já que nesta foram retirados os nomes do ex-governador João Doria (PSDB) — que deixou a corrida eleitoral em 23 de maio, após pressão interna do partido — e do ex-ministro Aldo Rebelo (PDT).
Os dados do mês passado mostravam Lula com 41% das intenções, enquanto Bolsonaro tinha 32% e Ciro 9%.
Confira os resultados da pesquisa para o 1º turno:


- Lula (PT): 45%
- Jair Bolsonaro (PL): 36%
- Ciro Gomes (PDT): 7%
- Simone Tebet (MDB): 3%
- André Janones (Avante): 1%
- Luiz Felipe D’Avila (Novo): 0,5%
- Pablo Marçal (Pros): 0,5%
- Vera Lucia (PSTU): 0,3%
- Sofia Manzano (PCB): 0,1%
- Leonardo Péricles (UP): 0,1%
- Luciano Bivar (União Brasil): 0,1%
- Ninguém/branco/nulo: 3%
- Não sabe: 4%
Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos pré-candidatos não são apresentados ao entrevistado, Lula aparece com 35% das intenções de voto. Bolsonaro, em segundo lugar, teve 30%. Dentro da margem de erro, os dois estão empatados tecnicamente. Ciro Gomes soma 4% das intenções.
Confira o resultado:


- Lula (PT): 35%
- Jair Bolsonaro (PL): 30%
- Ciro Gomes (PDT): 4%
- Simone Tebet (MDB): 1%
- André Janones (Avante): 1%
- Sergio Moro (União Brasil): 0,4%
- Eduardo Leite (PSDB): 0,3%
- João Doria (PSDB): 0,2%
- Luiz Felipe D’Avila (Novo): 0,1%
- Vera Lucia (PSTU): 0,1%
- Outros: 0,3%
- Ninguém/branco/nulo: 9%
- Não sabem: 19%
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e Doria foram citados pelos entrevistados, mas não estão na corrida eleitoral.
Segundo turno
O levantamento fez simulação de cinco possíveis cenários de segundo turno. Lula venceria Bolsonaro, Tebet e Ciro, de acordo com os dados. Bolsonaro, por sua vez, empataria tecnicamente com Ciro, mas venceria Tebet.
Veja os resultados:


Cenário 1
- Lula (PT): 48%
- Bolsonaro (PL): 41%
- Branco/nulo: 7%
- Não sabem: 3%
Cenário 2
- Lula (PT): 47%
- Simone Tebet (MDB): 20%
- Branco/nulo: 28%
- Não sabem: 5%
Cenário 3
- Lula (PT): 45%
- Ciro Gomes (PDT): 33%
- Branco/nulo: 19%
- Não sabem: 3%


Cenário 4
- Jair Bolsonaro (PL): 44%
- Simone Tebet (MDB): 23%
- Branco/nulo: 29%
- Não sabem: 4%
Cenário 5
- Jair Bolsonaro (PL): 43%
- Ciro Gomes (PDT): 37%
- Branco/nulo: 14%
- Não sabem: 6%
Para realizar a pesquisa, o instituto ouviu 1.500 pessoas por telefone entre os dias 17 e 22 de junho. O índice de confiança é de 95%. O registro do levantamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-02845/2022.
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Tebet critica forma como foi aprovada PEC Eleitoral no Senado




Pré-candidata à Presidência, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) criticou nesta quinta-feira a forma com a PEC Eleitoral foi aprovada no Senado, mas votou a favor do texto com a justificativa de que é preciso combater a crise econômica e o aumento da fome no país.
A proposta viola restrições da lei eleitoral para criar e ampliar uma série de benefícios sociais, ao custo de R$ 41,2 bilhões, a apenas três meses do primeiro turno. A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) vê na medida uma forma de conquistar votos no momento em que aparece atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais.
Entre os pré-candidatos ao Planalto, além de Tebet, Bolsonaro e Luiz Felipe D’Avila (Novo) também reagiram à aprovação da PEC no Senado. Enquanto o atual titular do Palácio do Planalto comemorou o projeto, D’Avila criticou o caráter eleitoreiro da proposta. Lula e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), por sua vez, não comentaram o assunto.
“O Auxílio Brasil vai de R$ 400 para R$ 600. O auxílio para o caminhoneiro é de R$ 1.000. Sei que é pouco, que os caminhoneiros gastam bastante combustível, mas é uma ajuda. Também vamos dobrar o valor do vale gás e vem mais coisa”, disse Bolsonaro em sua live semanal.
A PEC viabiliza “bondades” do governo com o objetivo liberar a ampliação de gastos e viabilizar a criação e a ampliação de uma série de benefícios sociais em período eleitoral.
Tebet votou a favor da proposta, alegando que a crise econômica e o aumento da fome no país tornavam necessária a ampliação dos auxílios sociais.
“Este é o caminho certo no que se refere esta questão dramática em que o Brasil está vivendo. A fome tem pressa, nós sabemos disso. Nós não estamos diante de uma escolha de Sofia. Não quando tantas Sofias e Marias estão sofrendo a dor da fome. Então não é uma escolha de Sofia, nós temos que efetivamente avançar e avançar rapidamente em uma solução para quem hoje não tem o que dar de comer a seus filhos.”
No entanto, a senadora criticou que a PEC não respeitou os ritos habituais de projetos do tipo, que costumam passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A matéria foi analisada direto no plenário.
“Esse projeto começou errado e termina errado. O meu voto é favorável, mas eu quero fazer um apelo à vossa excelência”, disse Tebet, se dirigindo ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Que nenhuma PEC, nenhuma emenda constitucional deixe de passar pela Comissão de Constituição e Justiça, nem que façamos isso em 48 horas.”
A declaração da senadora foi feita durante a sessão que aprovou a PEC Eleitoral. Em um comentário duro, Tebet classificou a tramitação da proposta como algo feito “na coxa”.
“Não é possível nós entrarmos para os anais da história do Brasil, de votarmos uma PEC tão relevante, que fura teto, que viola lei de responsabilidade fiscal, que atinge a regra de ouro, fazendo alterações de vírgula ou de parágrafo na coxa. Porque é isso que estamos fazendo.”
O candidato do partido Novo, Luiz Felipe D’Avila, por sua vez, criticou o caráter eleitoreiro da proposta e disse que o projeto serve como um “cheque em branco” ao governo Boslonaro.
“Com caráter eleitoreiro, a PEC/16 é mais uma ameaça ao Brasil, disfarçada de bondade. São quase R$ 39 bi destinados para criar gastos em pleno ano de eleição. Reitero que não sou contrário ao subsídio às famílias, contudo, é inegável que tal projeto está sendo usado para contemplar objetivos eleitorais”, escreveu D’Avila.
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Fonte: IG Política
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SP: Lei com medidas de combate à fome é publicada no Diário Oficial


A prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial do município desta quinta-feira (30) a lei que dispõe sobre a Política de Segurança Alimentar e Nutricional no município e cria o Auxílio Reencontro, a Vila Reencontro e o Fundo de Abastecimento Alimentar de São Paulo. O projeto de lei que trata do tema foi aprovado ontem (29) na Câmara Legislativa e sancionado no mesmo dia pelo Executivo.
A nova lei agrega programas já existentes e institui novos, como a Vila Reencontro, o Fundo de Abastecimento Alimentar de São Paulo e o Auxílio Reencontro, além de instituir a Política de Segurança Alimentar e Nutricional para pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social.
Pela lei, o Auxílio Reencontro vai consistir em um benefício financeiro temporário para quem acolher pessoas em situação de rua. Esse benefício poderá ser suspenso ou cancelado se a pessoa acolhida retornar à situação de rua ou não apresentar comprovante de endereço, se o beneficiário não atender aos critérios para manutenção do auxílio e se a pessoa acolhida ingressar no mercado de trabalho.
De acordo com a prefeitura, o objetivo do Auxílio Reencontro é “reduzir o número de pessoas em situação de rua na cidade, de forma digna e autônoma, ampliar a proteção social e fortalecer estratégias para a saída qualificada da situação de rua e favorecer o retorno ao convívio familiar e comunitário”. O valor e a duração do auxílio serão definidos em decreto.
Já a Vila Reencontro é um conjunto de moradias sociais que será promovida pelo Poder Público para o acolhimento transitório com a promoção de políticas municipais direcionadas à população em situação de rua. O Fundo de Abastecimento Alimentar tem o objetivo de custear a Política de Segurança Alimentar e Nutricional, podendo desenvolver e apoiar financeiramente programas e projetos elencados na lei.
Críticas
Durante a tramitação do projeto ontem, houve críticas tanto ao conteúdo quanto à tramitação do projeto. A bancada do PSOL avaliou que o PL apresenta soluções erradas, superficiais e que apelam para a caridade como política pública. Sobre o Auxílio Reencontro, a bancada disse, em nota, que “a lei aprovada não cita os valores dessa bolsa, as formas de avaliação dos resultados e como será garantido que as pessoas abrigadas não estão expostas a situações degradantes”.
O vereador Gilberto Nascimento Jr. (PSC), que votou a favor do projeto, citou o Auxílio Reencontro como ponto que deve ser tratado com cuidado, conforme divulgou a Câmara. Ele avalia que é fundamental que psicólogos, psicoterapeutas e psiquiatras acompanhem todo o processo de reinserir uma pessoa em situação de rua dentro de casa. “Se não, não resolvemos o problema e acabamos enxugando gelo”.
Ainda segundo divulgou a Câmara, a vereadora Juliana Cardoso (PT), que votou contra o PL, disse que concorda com o desenvolvimento de políticas públicas para combater a fome, mas entende que o projeto “tira a autonomia dos conselhos na relação da segurança alimentar”. “Quer dizer, tira o poder dos conselhos, das secretarias e cria o Fundo. Quem vai fiscalizar esse Fundo? Como vão ser organizadas essas políticas de combate à fome, se são programas que já existem na cidade de São Paulo?”.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: EBC Política Nacional