Economia
China no destaque com banco central e números ruins
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Os mercados asiáticos ficaram sem direção, com a China no radar. Os dados da segunda maior economia do mundo ficaram mais fracos que o esperado pelos analistas. No entanto, o Banco Popular da China não mexeu com a atual política monetária.
Índices Asiáticos:
O índice Xangai ficou em queda de 0,34% aos 3.073 e o Shenzhen Composite ficou em queda de 0,28% a 1.926. O FTSE Straits, bolsa de Singapura, ficou em alta de 0,82% aos 3.191. O Kospi, bolsa de Seul, ficou em queda de 0,29% aos 2.596. O Sensex, bolsa de Mumbai, ficou em alta de 0,34% aos 52.973. O Nikkei 225, bolsa de Tóquio, ficou em alta de 0,45% aos 26.547 e o Topix ficou em queda de 0,05% aos 1.863. O Taiex, bolsa de Taiwan, ficou em alta de 0,43% aos 15.901. O Hang Seng, bolsa de Hong Kong, ficou em alta de 0,26% aos 19.950.
O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fora o Japão, ficou em alta de 0,10%.
Os dados econômicos fracos divulgados na China reforçaram as preocupações com o enfraquecimento da economia global.
A produção industrial caiu 7,0% em abril se comparada a março e -2,9% em relação a igual mês do ano passado. Na mesma base de comparação, as vendas do comércio recuaram 9,9% no mês e 11,1% anuais. Esses números refletem os efeitos da política de tolerância zero no combate ao Covid-19.
Já o Banco Popular da China – PboC deixou inalteradas algumas de suas principais taxas de juros. Essa é a quarta vez que o banco mantém a taxa de empréstimos em 2,85% de médio prazo (1 ano) de algumas instituições financeiras.
Em Xangai, o governo local anunciou o relaxamento das restrições contra a Covid-19, com a reabertura de restaurantes, centros comerciais e supermercados, ainda que de forma limitada.
Os dados mais fracos na China pesaram nas ações de commodities, como minério de ferro e de empresas energéticas.
Por fim, na Índia, o governo proibiu as exportações de trigo para manter o mercado interno abastecido.
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Economia
Inflação argentina registra aumento 7,4% e ultrapassa Venezuela




Quando assumiu o comando da pasta econômica, no final de julho, o novo superministro argentino, Sergio Massa, antecipou que, em matéria de inflação, os próximos meses seriam difíceis. O que Massa não avisou foi que em julho, mês em que a Argentina teve dois ministros da Economia, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país superaria até mesmo o da Venezuela de Nicolás Maduro.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (INDEC), em julho o IPC teve variação positiva de 7,4%, a mais alta para o mês desde abril de 2002 . Até agora, o índice mais alto de 2022 tinha sido 6,7%, em março.
No acumulado do ano, a inflação chega a 46,2% e, nos últimos 12 meses o avanço foi de 71%.
Os números, segundo informação de consultoria independente do Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), superam os da Venezuela no mesmo mês, que chegou a 5,3%.
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Nos primeiros sete meses de 2022, a inflação acumulada da Venezuela, sempre de acordo com o OVF, foi de 62%, e o índice de julho foi o quarto mais baixo do ano. Depois de cinco anos de hiperinflação, o país governado por Maduro conseguiu uma redução do aumento de preços a partir do final de 2021, em grande medida, porque a economia venezuelana, na prática, foi dolarizada.
A situação da Argentina é extremamente delicada e economistas locais já estimam que o país poderia terminar o ano com uma taxa de inflação de três dígitos. Em junho passado, a inflação aumentou 5,3% e o acumulado dos 12 meses – entre junho de 2021 e o mesmo mês deste ano – foi de 64%. Com estes dados, o país governado por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, já ocupa o sétimo lugar no ranking mundial de taxas de inflação, superado apenas por Líbano (211%), Sudão (199%), Venezuela (170%), Síria (139%), Zimbábue (131%) e Turquia (78%), de acordo com informações publicadas pelo site Infobae.
Consultorias de prestígio no país como a Fundação de Pesquisas Econômicas Latino-americanas (FIEL) estimam que a Argentina poderia encerrar o ano com inflação de 112,4%. Outras projeções oscilam entre 90% e 95%.
Em seu último relatório, publicado na primeira semana de agosto, o Banco Central da República Argentina (BCRA), em base a projeções de economistas privados, estima um aumento do IPC de 90% em 2022, bem acima dos 76% calculados um mês antes.
O clima no país é de tensão e preocupação pela escalada de preços nos próximos meses. Na noite de quarta-feira, movimentos sociais acamparam em frente à Casa Rosada para pedir trabalho genuíno e ajuda social do governo, em momentos em que a fome ronda muitas famílias argentinas. O número de pessoas em situação de insegurança alimentar cresce a cada mês e as ruas de Buenos Aires são um reflexo do processo acelerado de empobrecimento da população.
Em meio às disputas políticas dentro do governo e, também, entre seus principais opositores – esta semana, a agenda política foi dominada pela guerra dentro da aliança opositora Juntos pela Mudança, integrada pelo ex-presidente Mauricio Macri – a taxa de pobreza se aproxima de 40%.
“Enquanto nós brigamos, os argentinos estão passando fome. O kirchnerismo está rindo da oposição, e o país ficando cada dia mais pobre” desabafou o senador Luis Juez, um veterano da política argentina, em entrevista a um canal de TV local.
Já a Casa Rosada opta por um discurso desconectado da realidade, na tentativa de acalmar os ânimos e transmitir confiança num governo que, para muitos, tem com Massa sua última chance de dar certo e evitar um final antecipado.
“Existe uma sensação de estabilização em relação a muitos temas”, declarou nesta quinta-feira a porta-voz do governo, Gabriela Cerruti.
Ela destacou o aumento no valor das ações de empresas locais e bônus argentinos nas últimas duas semanas, e a vitória do governo em enfrentar o que chamou de “uma tentativa de corrida cambial”. Perguntada sobre a inflação de julho, porém, Cerruti não escondeu a preocupação “Claro que não é o número que achamos que devamos ter. Essa é uma das prioridades do governo. Quando estão em jogo movimentos especulativos, está em jogo a mesa dos argentinos”, afirmou a porta-voz.
Dados recentes da Unicef Argentina indicaram que mais de 1 milhão de crianças não satisfaz suas necessidades básicas de alimentação; cerca de 20% dos argentinos foram obrigados a se endividarem para cobrir despesas diárias; e quase 20% suspenderam a compra de medicamentos.
Fonte: IG ECONOMIA
Economia
Angra 1 realiza parada para reabastecimento de combustível


A usina nuclear Angra 1 será desligada do Sistema Interligado Nacional (SIN) à meia-noite do próximo sábado (13) para realizar o reabastecimento de combustível. A informação foi dada hoje (11) pela Eletronuclear, empresa responsável pela construção e operação das usinas nucleares no Brasil. Trata-se de uma parada programada, feita em comum acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e tem duração prevista de 45 dias.
Durante esse período, cerca de um terço do combustível nuclear será substituído. Serão feitas também atividades de inspeção e manutenção periódicas e diversas modificações de projeto, que exigem que a usina esteja desligada.
De acordo com a Eletronuclear, foram programadas 4.430 tarefas no total. O escopo foi ampliado, incluindo atividades que foram postergadas na última parada, reduzida ao mínimo necessário por conta da pandemia do coronavírus, informou a estatal, por meio de sua assessoria de imprensa. Para executar os trabalhos, foram contratadas empresas nacionais e internacionais, somando 1.260 profissionais, sendo 64 estrangeiros, que atuarão em conjunto com as equipes da Eletronuclear.
Destaques
Além do reabastecimento, serão efetuadas a manutenção nos transformadores principais e auxiliares; revisão de válvulas do sistema de controle da turbina; revisão geral dos atuadores das válvulas de água de alimentação principal; revisão dos selos de uma das bombas de refrigeração do reator; e substituição do motor de outra bomba de refrigeração do reator.
Estão previstas ainda a inspeção visual das soldas do sistema primário; a inspeção das tubulações internas do sistema essencial de água de serviços; a medição do tempo de resposta do sistema de proteção do reator; manutenção e diagnóstico de válvulas motorizadas; e inspeções visando à extensão da vida útil de Angra 1, entre outras tarefas.
A Eletronuclear esclareceu que, enquanto Angra 1 permanecer desligada, o ONS despachará a energia de outras usinas do sistema interligado, visando garantir um abastecimento seguro de eletricidade para o país. As paradas de reabastecimento ocorrem, em média, a cada 14 meses e são programadas com um mínimo de um ano de antecedência, levando-se em consideração a duração do combustível nuclear e as necessidades do SIN.
Edição: Valéria Aguiar
Fonte: EBC Economia