Saúde
Ômicron XQ: ‘Não há motivo para preocupação’, diz especialista
Saúde




A Ômicron XQ, nova subvariante da Covid-19, já foi detectada no Brasil. A cidade de São Paulo registrou os dois primeiros casos do país. As amostras foram sequenciadas pelo Instituto Butantan. A nova cepa é fruto da recombinação das linhagens BA.1.1 e BA.2 da Ômicron.
Antes de ser diagnosticada no Brasil, a Ômicron XQ registrava apenas 56 casos confirmados no mundo, identificados em apenas dois locais: no Reino Unido (98% dos casos) e na Holanda (2%). O primeiro diagnóstico positivo foi em 12 de fevereiro.
O tempo desde o primeiro caso notificado e o baixo número de diagnósticos mostra que a nova subvariante não decolou, como afirma Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do laboratório Genetika, de Curitiba:
“Nenhuma das subvariantes recombinantes emplacou. Elas não estão mostrando capacidade de se sobrepor às linhagens principais da Ômicron. Não há motivo para preocupação”, diz o médico.
Para o especialista, o surgmento de uma nova subvariante é a prova de que o coronavírus continua circulando na população mundial.
“O surgimento de uma variante recombinante se dá quando o paciente se infecta ao mesmo tempo por duas linhagens. Isso mostra que o vírus continua sendo transmitido e que a pandemia não acabou”, alerta Raskin.
Devido ao número baixo de casos confirmados da nova subvariante, ainda não há informações sobre os sintomas específicos da cepa recombinante. Raskin acredita, no entanto, que os sintomas são semelhantes aos da Ômicron BA.1.1 e BA.2:
- Dor de garganta
- Coriza ou congestão nasal
- Cansaço ou fadiga
- Dor no corpo
- Febre
- Tosse seca
Por conta do baixo número de casos, ainda não houve estudos que demonstrem a capacidade de transmissão ou a letalidade da nova subvariante.
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Saúde
Covid-19: Brasil registra 7.198 casos e 57 mortes em 24 horas


O Brasil registrou 7.198 casos positivos e 57 mortes por covid-19 em 24 horas, segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde neste domingo (7). Desde o início da pandemia, foram registrados 34.018.371 casos e 679.996 óbitos pela doença.
No boletim, os dados de casos e mortes de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Distrito Federal, do Mato Grosso, do Maranhão, de Tocantins e de Roraima não foram atualizados. O número de óbitos do Mato Grosso do Sul também não.
Entre os que contraíram a doença, 96,2% se recuperaram, o que corresponde a 32.731.706 pessoas. Há ainda 606.669 casos em acompanhamento.
Estados
São Paulo é o estado com maior número da casos e de mortes, com 5,95 milhões e 173.338, respectivamente. Em relação aos casos, o estado do Sudeste é seguido por Minas Gerais (3,83 milhões) e Paraná (2,70 milhões).
O menor número de casos foram registrados no Acre (145.488), Roraima (173.401) e Amapá (177.285). Os três estados também registram os menores números de mortes pela doença: Acre (2.021), Amapá (2.153) e Roraima (2.158).
Vacinação
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, foram aplicadas 496,51 milhões de doses de vacina contra a covid-19 no Brasil, sendo 178,58 milhões de primeira dose, 159,63 milhões de segunda dose e 4,98 milhões de dose única.
A primeira dose de reforço foi aplicada em 103,56 milhões de pessoas, a segunda dose de reforço em 17,99 milhões e a dose adicional em 4,75 milhões.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: EBC Saúde
Saúde
Varíola dos macacos: entidades criticam estigma a homossexuais




A contaminação pela varíola dos macacos vem se espalhando pelo mundo e trazendo um problema já observado historicamente, quando surgiram os primeiros casos de HIV. Chamada na década de 80 por diversos nomes pejorativos relacionados a homossexualidade, a Aids carregou por anos essa estigmatização.
No último dia 1º, um editorial publicado na Revista Brasileira de Enfermagem alerta para a repetição desse risco, pois o olhar discriminatório ao paciente contaminado com a varíola dos macacos pode prejudicar o tratamento, protelando o seu diagnóstico e até mesmo a procura por cuidados com a saúde.
“O fato de relacionar a orientação sexual com o vírus Monkeypox não faz qualquer sentido, já que existem opções de comunicação que se podem mostrar igualmente efetivas, como, por exemplo, focar na prática de relações sexuais entre indivíduos infectados, sem categorizar sexualidades ou práticas em específicos, assumindo uma posição globalizada das ações sanitárias e de controle epidemiológico”, diz o texto.
A própria agência das Nações Unidas para a Aids mostrou preocupação com o fato de a mídia ter reforçado estereótipos homofóbicos e racistas na divulgação de informações em torno da varíola dos macacos .
A monkeypox , como é conhecida internacionalmente, não é uma infecção sexualmente transmissível, embora possa se espalhar pelo contato íntimo durante as relações sexuais, quando existe erupção cutânea ativa.


A infecção é transmitida a partir das feridas, fluidos corporais e gotículas de uma pessoa doente. Isso pode ocorrer mediante contato próximo e prolongado sem proteção respiratória, contato com objetos contaminados ou contato com a pele.
Foi o que ocorreu com o professor de inglês Peter Branch, de 48 anos. Ele e seu companheiro moram na capital paulista e foram infectados pela doença. O britânico, que vive no Brasil há mais de 9 anos, queixa-se do preconceito envolvendo a enfermidade.
“Fomos infectados indo a um bar heterossexual. Acho que o mais grave é que homens e mulheres heterossexuais não estão prestando atenção aos sintomas e, portanto, infectando os outros também”, disse. “O que incomoda é que as pessoas pensam que isso é só na comunidade gay ”, completou.
Ele conta que apresentou febre, dor de cabeça, cansaço, e que as lesões surgiram depois. Ele recebeu atendimento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. “As manchas doeram um pouco, o chato foi o isolamento, não poder brincar com meus cachorros”. Peter já se sente bem e acompanha a recuperação de seu companheiro.
Fonte: IG SAÚDE