Saúde
Ômicron: variante já representa 97% dos casos brasileiros, diz estudo
Saúde


Um estudo conjunto das redes Vírus e Corona-ômica BR apontou que a variante ômicron é a responsável por 97% dos testes positivos para Covid-19 no Brasil. O relatório analisou a incidência da cepa em todas as 27 unidades federativas. Em cinco delas – Acre, Mato Grosso do Sul Rio Grande do Norte e Santa Catarina – a variante foi detectada em 100% dos casos.
A ômicron já tem um percentual superior a 90% das infecções em 13 estados, mostra o estudo. A pesquisa contou com um total de 208.480 amostras, distribuídas entre 01/11/2021 até 06/01/2022, nos 27 estados brasileiros.
O informe também apontou a influência da Ômicron no aumento de casos da Covid-19 no Brasil como um dos sinais de sua maior transmissibilidade em relação às outras cepas. Os casos da variante tiveram um aumento progressivo em novembro (3,4%), dezembro (67,5) e janeiro (97%). Nesses três meses, o Brasil viu o número de casos positivos para covid-19 subir.
O levantamento aponta que o número de infectados pela ômicron passa dos 90%, mas os dados oficiais do Ministério da Saúde contabilizavam 1.407 casos da nova cepa até esta quinta-feira (20). Segundo a pasta, 1.080 casos estão em investigação.
Variantes em São Paulo
A Prefeitura de São Paulo informou nesta quinta-feira (20), por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que foram identificados 272 novos casos da variante Ômicron na capital. Com isso, a cidade já soma 770 casos da nova cepa.
Das 276 amostras analisadas pelo Instituto Butantan, 272 (98,55%) foram positivas para a variante Ômicron e três (1,08%) para a Delta.




Saúde
Varíola dos macacos: quais países confirmaram casos da doença




O número de casos confirmados da varíola de macaco já está em 334 pessoas, segundo números atualizados, nesta sexta-feira (27), pela iniciativa Global.health, formada por pesquisadores das universidades de Harvard e Oxford. Além disso, segundo os números do projeto, 20 países já confirmaram casos da doença, que se espalha pelo mundo.
Os países europeus estão no epicentro da doença até o momento, mas a Organização Mundial da Saúde já se prepara para evitar que a varíola se torna um problema em outras regiões do mundo.
Nesta sexta-feira, a diretora da OMS, Sylvie Briand, disse que conter o surto da varíola dos macacos em países não endêmicos é uma prioridade, e que isso pode ser feito caso os países tomem medidas rápidas.
“Achamos que, se tomarmos as medidas certas agora, podemos contê-lo (o surto) facilmente (…) Investigação de casos, rastreamento de contatos, isolamento em casa (para infectados) serão as melhores apostas”, afirmou a representante na assembleia anual da OMS.
Países com casos confirmados até agora
- Reino Unido – 90 casos
- Espanha – 84 casos
- Portugal – 58 casos
- Canadá – 26 casos
- Alemanha – 13 casos
- Países Baixos – 12 casos
- Itália – 10 casos
- Estados Unidos – 9 casos
- França – 7 casos
- Bélgica – 6 casos
- República Checa – 5 casos
- Suíça – 3 casos
- Suécia – 2 casos
- Austrália – 2 casos
- Dinamarca – 2 casos
- Slovenia – 2 casos
- Israel – 1 caso
- Emirados Árabes Unidos – 1 caso
- Finlândia – 1 caso
Casos suspeitos
Ainda segundo a iniciativa Global.health, existem casos suspeitos da doença que ainda estão em avaliação. A Espanha é o país que mais conta com casos suspeitos, com 55 possíveis novas infecções ainda sem confirmação.
Na sequência, o Canadá tem 34 casos suspeitos, enquanto a Itália tem 2, os Estados Unidos, Bélgica, Israel, Argentina, Sudão e Bolívia com 1 caso suspeito até o momento.
Situação no Brasil
No Brasil, ainda não houve casos confirmados ou suspeitos da doença, mas, as recentes possíveis infecções na Argentina e na Bolívia levantaram um alerta para as autoridades de saúde do país.
A fronteira entre o Brasil e a Bolívia, por exemplo, está em alerta após um jovem boliviano, de 26 anos, ser isolado na cidade de Santa Cruz de la Sierra com sintomas parecidos ao da varíola dos macacos. O comunicado foi feito pela Secretária de Saúde de Corumbá, cidade que fica na fronteira com o país vizinho.
“Recebemos o comunicado da vigilância de fronteira sobre o possível diagnóstico de uma doença relacionada à varíola dos macacos, trata-se de um jovem boliviano, que está em Santa Cruz de la Sierra isolado”, informou o secretário Rogério Leite.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota, na última terça-feira (24), esclarecendo as recomendações feitas para tentar retardar a entrada do vírus no Brasil. Segundo a agência, foi apenas reforçada a adoção das medidas que já estão em vigência em aeroportos e aeronaves e que são destinadas a proteger “o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças.”
Origem do vírus
Os primeiros registros da doença, provocada pelo vírus monkeypox, começaram a ser feitos na metade deste mês de maio, e o sequenciamento genético do vírus foi feito no dia 19. Ou seja, é cedo demais para fazer afirmações precisas sobre a disseminação, a letalidade e os possíveis rumos da doença.
Porém, segundo a revista científica ‘Nature’, o número de casos detectados fora do continente africano nos últimos dias já ultrapassou o acumulado dos últimos 50 anos. Apesar do novo surto com potencial global, a varíola dos macacos é conhecida e monitorada há décadas.
De acordo com especialistas, a varíola dos macacos é uma parente mais branda da varíola humana. A maior parte dos infectados tem um quadro que começa com mal-estar, dor de cabeça, dor no corpo e febre. Depois de alguns dias, aparecem as lesões na pele.
Essas lesões na pele geralmente começam vermelhas e menores, mas ficam maiores por conta do pus e do inchaço. É na fase de inchaço e pus que a transmissão do vírus é maior.
A doença é uma versão semelhante à varíola erradicada em 1980. Ela costuma ser passada de animais, principalmente roedores, para os humanos. O período de incubação do vírus monkeypox – tempo entre infecção e aparecimento de sintomas – é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias, segundo a OMS.
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Saúde
Novo medicamento dá perspectiva a pacientes de insuficiência cardíaca




Pacientes com a chamada insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) tem, a partir de agora, uma nova perspectiva de qualidade de vida, tudo por conta de um novo medicamento, a empagliflozina, aprovada nesta semana pela Anvisa.
Até então, no país, o tratamento para esse tipo de insuficiência era focado nos sintomas, como a falta de ar, cansaço e inchaço das pernas. Agora será possível tratar o mal em si, assim como é feito com o tipo mais comum de insuficiência, com fração de ejeção reduzida.
“Não existia tratamento específico que mostrasse melhora nos desfechos principais, que são a hospitalização e a mortalidade”, explica a médica especialista Thais Melo, diretora da Boehringer Ingelheim no Brasil.
“Agora, após a publicação do estudo e com a aprovação da Anvisa, associada a terapia padrão acima mencionada, a empaglioflozina levou a uma redução de 21% no risco relativo de morte cardiovascular ou de hospitalização por insuficiência cardíaca. É uma diferença significativa, então, na prática, a gente pode esperar redução de hospitalização, que é uma questão muito crítica, e reduçaõ de mortalidade”, aponta. A contra-indicação é apenas para pacientes com insuficiência renal grave.
A substância já é utilizada no Brasil para tratamento de diabetes, e faz parte de diversos estudos em pacientes cardiovasculares.
No Brasil, a insuficiência cardíaca é a primeira causa de internação hospitalar em pessoas com mais de 60 anos, e metade dos paciente diagnósticos morrem cinco anos após o diagnóstico, em média, o que aponta a urgência no desenvolvimento de novos tratamentos. Fadiga, falta de ar são sintomas comuns, que afetam a qualidade de vida dos pacientes.
Estudo
O medicamento foi testado para os dois tipos de insuficiência cardíaca. Dos quase 6 mil participantes, 700 eram brasileiros.
“Esses dados estabelecem a empagliflozina como o primeiro tratamento aprovado capaz de melhorar significativamente a saúde de pacientes com ambos os tipos de insuficiência cardíaca”, afirma a médica.