Nacional
Garotinho tem pena aumentada e fica inelegível até 2029
Nacional




O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) elevou a condenação do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho , por compra de votos nas eleições municipais de 2016 , para 13 anos e 9 meses de prisão. O político ainda terá que pagar uma multa e se torna inelegível pelos oito anos seguintes à condenação, até 2029. O pedido de aumento da pena foi feito pelo Ministério Público Eleitoral.
Por unanimidade, o colegiado do TRE/RJ condenou, nesta quarta-feira (4), Garotinho pelos crimes de corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documento público e coação no curso do processo, assim como a Justiça Eleitoral em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, que tinha estabelecido pena de 9 anos e 11 meses de prisão e multa, no valor de R$ 198 mil.
A partir da Operação Chequinho , a Promotoria Eleitoral em Campos dos Goytacazes denunciou o ex-governador por usar irregularmente o programa social Cheque Cidadão , da prefeitura de Campos dos Goytacazes, para conseguir votos para seu grupo político. Naquele ano, a prefeita era a esposa do réu, Rosinha Matheus, e Garotinho era o secretário municipal de Governo. Segundo a Justiça, o esquema concedia o benefício, voltado a famílias de baixa renda, em troca do compromisso de votar nos candidatos indicados.
Entre maio e agosto de 2016, de acordo com o Ministério Público Eleitoral em Campos, o número de novos beneficiários do programa aumentou em mais de 17 mil. Mas, parte dos novos contemplados ao menos constava nas listas oficiais de controle e não atendia aos critérios da legislação municipal. Segundo a procuradora regional eleitoral de Campos, Silvana Batini, eram tantos os novos cadastrados que houve necessidade de contratar 13 digitadores para atender à demanda.
“As provas reunidas apontam de forma inequívoca a existência de um estratagema criminoso que deturpou a utilização do referido programa social, de forma espúria e sabidamente ilícita, em favor de um grupo político e em prejuízo dos cofres públicos”, sustentou o MP Eleitoral no parecer pela manutenção da condenação.


Nacional
Membros da Secretaria da Cultura realizam dossiê para combater ‘esquerdistas’




Servidores ideológicos que ocupam a Secretaria Especial da Cultura no governo Jair Bolsonaro (sem partido), comandada por Mário Frias , elaboraram um dossiê em que criticam funcionários “militantes esquerdistas” e enaltecem os ‘direitistas’. As informações são da jornalista Camila Mattoso .
De acordo com interlocutores, a secretaria se isolou do governo federal por ser o ‘reduto de seguidores de Olavo de Carvalho’ e de radicais bolsonaristas que foram perdendo espaço em outros cargos e ministérios.
O documento é chamado de “mapeamento Funarte 2020-2021″ e costuma ser enviado por WhatsApp ou email à cupula da secretaria. No dossiê, é possivel observar seis servidores descritos como “militantes esquerdistas”, ou do PT, e que por isso deveriam ser exonerados .
Segundo a planilha, uma das colaboradores é “servidora há anos e é militante esquerdista, tirar cargo de gratificação. Faz movimentos na Funarte contra governo. Companheira de Marcos Teixeira [Campos, presidente substituto da Funarte na gestão de Regina Duarte], turma do Humberto Braga [presidente da Funarte no governo Michel Temer (MDB)], levantar açãos contra o governo (sic)”.
Andrea Paes Leme, secretária-adjunta da Cultura, foi mencionada no dossiê como um dos alvos da ala ideológica. No documento, tuítes da servidora criticando o segundo turno das eleições de 2018 e declarando apoio a João Amoêdo (Novo) corroboram o argumento de “humilhação para Bolsonaro” tê-la no governo.
“A Secretária Especial Adjunta Andrea Abrão Paes Leme se deu bem: enganou o Secretário Especial Mario Frias e sabendo ser o Bolsonaro Bozo bobo acertou em cheio. Saiu do DNIT e agora manda na Cultura. Que humilhação para um Presidente da República dar o segundo posto no comando da Cultura para quem na boca da eleição e 10 dias antes de ser esfaqueado estava ridicularizando-o como uma opção equivalente ao PT (sic)”, relata trecho do dossiê.
Paralelamente, funcionários que se alinham a ideologia do governo são elogiados e dignos de promoção. Um advogado bolsonarista é tido como “jovem conservador ativo”. Outro servidor é tido como “secretário da ala conservadora da OAB-RJ, reconhecido jornalista conservador por nomeação”.
Nacional
Mulher diz que cabelo black power de jovem é “horroroso”; veja vídeo




Um funcionário de uma farmácia em Uberaba, Minas Gerais, denuncia ter sido alvo de injúria racial após uma cliente criticar o seu corte de cabelo. “Me senti muito humilhado, desrespeitado e violado”, diz Luís Henrique de Oliveira, de 27 anos.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ouvir o que uma idosa, de 66 anos, fala sobre o cabelo do rapaz. Ela fez uma série de comentários racistas e disse que ele deveria voltar para o “gueto”, pois é um “vagabundo”.
De acordo com a Polícia Militar, o caso teve início porque Luís tentou separar uma discussão da cliente com atendentes da farmácia. “Ela estava nervosa, gritando também. Começou a me humilhar, disse que eu deveria voltar para o gueto, me chamou de moleque, falou que o meu cabelo ocupava muito espaço e que não poderiam entrar mais clientes no lugar por causa do meu cabelo”, disse o rapaz em entrevista à Record.
No vídeo, a idosa reclama do tamanho do cabelo do atendente. “O cabelo dele não pode ser desse tamanho. Ele está atrapalhando as pessoas no mundo. Se o cabelo é ruim ou não, isso é da raça, eu não tenho nada com isso. O rapaz nem quis ir comigo, disse que pediu uma viatura especial pra ele, porque o cabelo dele não deve caber nessa aqui”, falou.
Você viu?
Em outro momento do vídeo, a suspeita já aparece dentro da viatura da PM, mas continua criticando o rapaz. “Horroroso. Todo mundo está alisando cabelo. Eles têm que saber que não são donos do mundo. Tem toda uma regra, um contexto existencial. A gente tem que ter respeito pelo mundo, pelas pessoas. Eu também sou negra. No Brasil não tem ninguém branco”, disse.
Veja o vídeo:
De acordo com PM, a ocorrência foi registrada como injúria. Na delegacia, a idosa assinou um termo se comprometendo a comparecer à audiência. Luís Henrique Medeiros disse que vai processar a mulher para que seja acusada de racismo.