Economia
Guedes contradiz Bolsonaro: “Primeiro a saúde, sem saúde não há economia”
Economia




O ministro da Economia, Paulo Guedes, publicou um vídeo em que discordava do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto às prioridades da gestão pública na pandemia. Para o economista, “Nós precisamos de saúde, emprego e renda. Primeiro a saúde, sem saúde não há economia”
Veja:
O vídeo gravado ao lado do senador Márcio Bittar (MDS – AC) foi lançado logo após a aprovação da PEC Emergencial no Senado Federal. Bittar é o relator da proposta de emenda constitucional que define a prorrogação do auxílio emergencial. A medida segue para votação na Câmara dos Deputados.
“O presidente sempre disse que a economia e a saúde andam juntos, e nós temos que respeitar isso”, disse o ministro, pouco antes de afirmas que a saúde da população é prioritária.
Guedes também contrariou o presidente ao afirmar que a vacina é fundamental para controlar a pandemia e manter a atividade econômica do país.
“Da mesma forma [que a saúde], a vacinação em massa que vai nos permitir manter a economia em funcionamento”, disse o ministro, que classificou antes a saúde e a economia na pandemia como “crises gêmeas”.
O presidente comentou com rispidez a escassez de imunizantes para a campanha nacional de vacinação nesta quinta: “Tem idiota que a gente vê nas mídias sociais, na imprensa, [dizendo] ‘vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no mundo”.


Economia
Câmara do Rio aprova reforma da Previdência que afetará quase 100 mil; conheça




Por 23 votos a 22, a Câmara dos Vereadores do Rio aprovou na noite desta terça-feira (13), em discussão final, o projeto que aumenta de 11% para 14% a alíquota previdenciária de todos os servidores da ativa e os aposentados e pensionistas que ganham acima do teto previdenciário de R$ 6.433,57. A medida atingirá quase cem mil servidores do Executivo, da Câmara do Rio e do Tribunal de Contas do Município (TCM): 87.079 servidores da ativa e 12.658 aposentados e pensionistas, totalizando 99.737 matrículas. O texto vai agora a sanção do prefeito Eduardo Paes.
O desconto não pode ser aplicado de forma imediata, já que tem que obedecer ao princípio da noventena, a partir da sanção do projeto. A previsão é que, por ano, a reforma da Previdência do Rio gere uma receita extra de R$ 200 milhões para o Funprevi.
O governo argumentou que o aumento da contribuição tem o objetivo de adequar a legislação previdenciária carioca às regras federais que preveem a alíquota de 14% para todos os servidores da ativa e para os aposentados. A mudança foi proposta em um projeto que tenta reduzir o rombo do Fundo de Previdência do Município (Funprevi), com déficit de cerca de R$ 1 bilhão por ano. O plano inclui ainda um aumento de 22% para 28% da contribuição da prefeitura para a aposentadoria dos servidores.
O projeto ainda aponta outras fontes de recursos para financiar o Funprevi, como a exploração (aluguel ou venda) do patrimônio imobiliário do Rio e operações financeiras para antecipar parte das receitas futuras dos royalties do petróleo até o limite de R$ 28,2 milhões por mês. No ano passado, o ex-prefeito Marcelo Crivella tentou realizar feito semelhante, mas não foi autorizado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Segundo a corte, a operação configuraria uma tipo de empréstimo. E operações dessa natureza são proibidas pela legislação nos quatro últimos meses do governo.
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Ânimos exaltados durante a sessão extraordinária
Depois que os vereadores aprovaram à tarde as mudanças em primeira discussão com diferença de só um voto , a segunda aconteceu em sessão extraordinária e com os ânimos exaltados. Tarcísio Motta (PSOL) e Reimont (PT) propuseram que o debate final fosse adiado. Havia a expectativa de que com a presença de Jones Mour (PSD), que não participou da primeira votação, o placar poderia terminar em 23X23. Nesse caso, o presidente Carlo Caiado (DEM) teria que dar o voto de minerva.
Oposição diz que desconto maior é ‘duro golpe’
A vereadora Tainá de Paula (PT) afirmou que o aumento da alíquota de contribuição é um “duro golpe” em plena pandemia para os profissionais de saúde que se esforçam nas unidades públicas para tentar salvar vidas:
“Não é reforma previdenciária. É uma retirada de direitos de servidores à toque de caixa”, diz.
Antes da votação, Vera Lins, líder do Progressistas na Casa e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, disse que a proposta encaminhada pelo prefeito Eduardo Paes “é uma verdadeira covardia contra todos os servidores, sejam ativos ou inativos”. Segundo a vereadora, não dá para entender porque em todo ou qualquer debate sobre déficits no sistema previdenciário, seja municipal, estadual ou federal, sempre é proposto o aumento da contribuição dos trabalhadores.
Economia
Petrobras: general deve encerrar home office e alterar política de preços




Nas reuniões prévias que tem feito com diretores e gestores da Petrobras (PETR4), o general Silva e Luna , que será escolhido oficialmente hoje (14) para o comando da estatal , tem indicado que fará em breve uma alteração de caráter administrativo-sanitário bem ao gosto de Jair Bolsonaro: vai antecipar a volta ao trabalho presencial.
De acordo com Lauro Jardim, de O Globo, o home-office na Petrobras vale até junho, mas já era consenso na atual diretoria que seria estendido até dezembro.
No fim de fevereiro, logo depois de indicar Silva e Luna para a Petrobras, Bolsonaro criticou abertamente o home-office na Petrobras: “o atual presidente da Petrobrás está há 11 meses de casa, sem trabalhar. Trabalha de forma remota. O chefe tem que estar na frente, bem como seus diretores. Isso para mim é inadmissível. Descobri isso faz poucas semanas.”