AGRONEGÓCIO
Resultados de pesquisas de soja em solos arenosos são apresentados no CAD Parecis
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Resultados de pesquisas de soja em solos arenosos são apresentados no CAD Parecis
No 5º ano de estudo os pesquisadores perceberam vários avanços de melhoria do meio ambiente, no sistema de produção e rentabilidade
20/01/2021
Apesar de 2020 ter sido um ano de poucas chuvas foi possível demonstrar grandes resultados nas pesquisas realizadas pelo Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD Parecis), no Dia de Campo “Soja em solos arenosos”, realizado em dois dias de evento, em Campo Novo do Parecis, promovido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), em parceria com a Fundação Mato Grosso.
No 5º ano de estudo os pesquisadores perceberam vários avanços no solo, e que as soluções não estão necessariamente na qualidade dos insumos que o produtor rural compra, mas sim como ele faz o manejo. “Os insumos adquiridos são ferramentas de melhoria do meio ambiente, a produção e a rentabilidade dependem de como essa tecnologia é usada. Conseguimos demonstrar aos participantes que solos arenosos precisam ser corrigidos, melhorar a base, o sistema de produção, por meio de outras plantas inseridas no processo produtivo como, por exemplo, a sequência de cultura antecessora”, afirmou o diretor da Fundação Mato Grosso, Leandro Zancanaro.
Presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, falou da importância das pesquisas no CAD Parecis para os produtores rurais. “Os protocolos que são instalados aqui refletem o que a gente precisa lá na base. As tecnologias testadas são transferidas ao produtor rural e acabam sendo mais uma ferramenta para ajudar o homem do campo que esclarece dúvidas em relação a insumos, fertilidade e produtos. Os maiores custos na produção anual”.
Produtor rural do município de Diamantino, Altemar Kroling, já participou três anos consecutivos do CAD Parecis. Segundo ele, desta vez foi a que mais chamou a atenção. “Estou surpreso com os trabalhos feitos com as braquiárias, na aplicação de potássio, esse ano está mais acentuado, já é o quinto ano desse ensaio e ficou visualmente muito bem definido os experimentos que vem sendo conduzidos. Muita coisa do que aprendo aqui já está sendo implementado em minha propriedade”, afirmou Altemar.
Participante pela primeira vez do CAD Parecis, vindo da região Norte, Lucas do Rio Verde, o produtor rural Daniel Schwartz, pôde conhecer como funcionam os protocolos instalados no CAD. “Estou gostando muito, nossa realidade às margens da BR 163 é bem diferente daqui, lá o solo é argiloso. Fiquei impressionado com a cultura estilosantes campo grande, muito interessante, eu não conhecia também a palhada braquiária. Volto para a minha cidade e quero passar as informações para outros produtores da região que também plantam em solos arenosos”.
Conforme a gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, Jerusa Rech, o CAD Parecis deste ano superou as expectativas e foi um sucesso, tendo em vista a limitação de pessoas por conta da pandemia, além da chuva nos dias de evento. “Mesmo tendo que restringir as inscrições tivemos a participação de 250 produtores rurais de todas as regiões de Mato Grosso e até mesmo de outros Estados, que poderão a partir de agora aplicar as tecnologias obtidas aqui em suas propriedades”.
CAD Parecis
Possui 88 hectares com textura do solo variando entre 7% e 35% de argila, destinado a realização de pesquisas que auxiliam o produtor rural. Os trabalhos são voltados à compreensão da fitotecnia, uso e conservação do solo, dinâmica de nutrientes, sistemas de produção, correção solo, pragas e doenças.


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Logística prejudica escoamento da safra no Vale do Araguaia


Logística prejudica escoamento da safra no Vale do Araguaia
A MT 322 e a BR 158, principais rodovias de escoamento da soja estão intransitáveis
04/03/2021
Há quase 30 dias que a chuva não dá trégua no Vale do Araguaia. A MT 322 e a BR 158, principais rodovias de escoamento da soja estão intransitáveis. Caminhoneiros ficam até 3 dias na fila para carregarem a soja e levar aos Portos no Pará. Acompanhe os relatos e a rotina de quem necessita passar por essas estradas todos os dias. Aprosoja MT e entidades locais buscam recursos e parcerias com os governos Federal e Estadual para tentar recuperar as rodovias.
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BOI/CEPEA: Comprador pressiona, mas baixa oferta de animais limita queda do Indicador


Cepea, 4/3/2021 – Neste início de março, frigoríficos seguem cautelosos para novas aquisições de animais, tentando evitar abrir preços maiores aos pecuaristas. Segundo colaboradores do Cepea, esse posicionamento reflete a dificuldade em vender a carne nos atuais patamares de preços. No entanto, a oferta limitada de animais para abate tem diminuído a força da pressão compradora. De 24 de fevereiro a 3 de março, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo, à vista) permaneceu praticamente estável (-0,45%), fechando a R$ 298,15 nessa quarta-feira, 3. Quanto às vendas ao mercado internacional, o menor número de dias úteis em fevereiro e o ano novo chinês reduziram os embarques da carne bovina brasileira para o patamar registrado em janeiro/19. Mesmo assim, as exportações seguem acima das 100 mil toneladas mensais desde o começo de 2018, mostrando que o mercado externo continua importante para o Brasil. Em fevereiro, o Brasil exportou 102,12 mil toneladas do produto in natura, baixas de 4,85% em relação a janeiro/21 e de 7,64% em comparação a fevereiro do ano passado (dados da Secex). Fonte: www.cepea.esalq.usp.br