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“Estardalhaço” atrapalhou negociação de vacinas com a Índia, dizem diplomatas
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O estardalhaço feito na semana passada em torno do embarque de uma aeronave para a Índia para buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 atrapalhou bastante e feriu interesses, inclusive os de nações vizinhas ao país asiático. A avaliação no meio diplomático é que houve precipitação ao se anunciar, com alarde, a importação das doses fabricadas por um laboratório indiano, sem que a operação estivesse garantida . Por isso, a estratégia que passou a ser adotada nas negociações com os países fornecedores tem como ponto central a discrição.
Na semana passada, o governo divulgou com ênfase a ida de uma missão coordenada pelo Ministério da Saúde à Índia para buscar a uma vacina desenvolvida pelo consórcio da farmacêutica britânica AstraZeneca e da Universidade de Oxford. O lote foi fabricado pelo laboratório indiano Serum. Um avião partiria de Recife, na quinta-feira, e desembarcaria no país, com os imunizantes, dois dias depois.
A missão foi abortada. O governo indiano avisou que ainda não estava preparado para realizar as exportações dos imunizantes, ainda mais quando estava para ser iniciada a campanha de vacinação naquele país. Os indianos ainda sofriam a pressão dos vizinhos.
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A expectativa do governo brasileiro é que o envio das doses ao Brasil ocorra nos próximos dias. Segundo fontes ouvidas pelo Globo, não há uma previsão de quando os produtos vão chegar, mas existe a convicção de que a situação vai se resolver. Uma dessas fontes enfatizou que todos os envolvidos estão “trabalhando duro, esperançosos e discretos”.
Ainda sem respostas definitivas da Índia e da China que possam dar segurança quanto ao abastecimento de vacinas contra a Covid-19 no Brasil, o governo brasileiro vem mantendo reuniões junto a autoridades dos dois países. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, pediu uma solução pessoalmente ao embaixador da Índia no Brasil, Suresh K. Reddy, em uma reunião na segunda-feira.
No caso da China, o problema está na liberação do insumo farmacêutico ativo, o IFA, para fabricação da vacina CononaVac pelo Instituto Butantan e também da Oxford/AstraZeneca , a ser produzida na Fiocruz. Na segunda-feira, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, declarou que o atraso na entrega de mais insumos é motivo de preocupação, porque os produtos estão parados na China.
Fontes oficiais procuradas pelo Globo ressaltaram que o insumos não estão retidos: seguem o caminho burocrático usual para exportação. Um integrante do governo disse que prefere apostar no tradicional pragmatismo dos chineses, para que os ataques a Pequim proferidos por Bolsonaro e outros integrantes do governo brasileiro desde o início do mandato presidencial não sejam usados como pretexto para o atraso no envio dos produtos.


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Governador do DF anuncia lockdown no estado a partir de segunda-feira (1º)




O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou nesta quinta-feira (25) que vai decretar lockdown a partir de segunda-feira (1°) para conter o avanço da Covid-19. As informações são do Metrópoles.
“Vamos fechar tudo, exceto serviços essenciais, das 20h às 5h”, disse.
“Estamos com 92% de UTIs ocupadas e vamos tomar as providências aos poucos, na medida do que for necessário. Por enquanto, essas são as providências urgentes”, afirmou o governador.
O Distrito Federal tem, até o momento, 4.791 mortes por Covid-19. São 292.714 pessoas infectadas desde o início da pandemia.
Em atualização, aguarde novas informações
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PGR pede arquivamento de investigação contra Rodrigo Maia e seu pai na Lava Jato




A PGR (Procuradoria Geral da República) enviou uma manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo o arquivamento de uma investigação sobre supostos pagamentos da Odebrecht ao deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) e a seu pai, o vereador Cesar Maia (DEM-RJ).
O caso diz respeito a uma investigação concluída no dia 26 de agosto de 2020 pela Polícia Federal , que indiciou o ex-presidente da Câmara e seu pai por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa 2 .
Segundo a PGR, não havia, no relatório da PF, provas suficientes para apresentar denúncia contra Rodrigo e Cesar Maia.
“Em que pese a comprovação de registros de entrada do parlamentar federal investigado e de João Marcos Cavalcanti na sede da Odebrecht, de 2008 a 2012, não foi possível confirmar que esses encontros ocorreram para solicitação de vantagem indevida, entrega de senhas ou mesmo de valores em tese ajustados”, disse a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.
Apesar de optar pelo arquivamento, a subprocuradora da PGR diz que a medida não signifita, em absoluto, “falta de verossimilhança das conclusões feitas pela autoridade policial neste ou em outros inquéritos, mas tão somente a inviabilidade de se dar prosseguimento a esta investigação a partir dos elementos de prova carreados a estes autos”.