Saúde
Em um dia, Brasil registra mais 1,3 mil mortes pela Covid-19
Saúde




O Brasil registrou, nesta quarta-feira (20), 1.340 vidas perdidas pela Covid-19 apenas nas últimas 24 horas. A média móvel de mortes, já muito próxima do primeiro pico da pandemia, é de 981 mortes por dia causadas pela doença no país.
Ao todo, desde o início da pandemia, a Covid-19 já fez 212.831 vítimas em território nacional. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Além disso, o país notificou mais 64.385 casos da doença no último período de 24 horas, o que eleva a média móvel de casos para 54.530 casos por dia durante a semana. Ao todo, o país possui 8.638.249 casos confirmados.


Saúde
“Israel quer testar spray no Brasil por ser miscigenado”, diz Eduardo Bolsonaro




O deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), afirmou que Israel demonstrou interesse em realizar testes de um spray nasal contra a Covid-19 no Brasil . Segundo o parlamentar, o medicamento teria se mostrado eficaz contra a doença e tenta a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial .
De acordo com Bolsonaro, o interesse dos israelenses no Brasil é para testar a eficácia do medicamento em um local “miscigenado, com amplo material genético”.
“O Brasil é um povo famoso por ser miscigenado, com material genético bem diversificado. As expectativas são altas, estamos aqui cumprindo essa agenda, mas tem outras laterais também, como operação tecnológica, áreas de telemedicina e agência espacial”, afirmou o deputado.
Uma comitiva brasileira foi formada para negociar os testes do medicamento no país. Comandado pelo ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo , o grupo desembarcou na capital israelense no sábado (06) . Araújo deve ser recebido pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu , na segunda-feira (08).
Criado há pouco mais de um mês por membros do Hospital Ichilov, em Tel Aviv, o spray foi testado em apenas 30 pacientes. Pesquisas apontam que 29 pessoas apresentaram melhorar nos sintomas da doença entre 3 e 5 dias, mas não há confirmações dos dados por autoridades científicas.
Você viu?
“O novo medicamento, chamado EXO-CD24, tem tido uma eficiência perto de 100% nos primeiros testes com relação ao combate à Covid-19, e a nossa expectativa é de que nós possamos aqui traçar acordos de cooperação para trazer para o Brasil a fase 3, a chamada fase de teste”, completou Eduardo Bolsonaro.
Combate a pandemia
Brasil e Israel tiveram atitudes diferentes durante o combate à pandemia de Covid-19. Enquanto o governo latino-americano renegava a doença e pedia a liberação do comércio, os israelenses aumentaram a oferta de compra de vacinas , criaram um planejamento para imunização em massa e cumpriram o isolamento rigorosamente. Com o agravamento no número de casos, Netanyahu determinou o lockdown no país.
Após meses de isolamento, o país está voltando gradualmente a sua normalidade. Bares, restaurantes e comércios voltaram ao funcionamento com capacidade reduzida, após a confirmação de imunização de 50% da população de Israel.
Além de atraso na vacinação, falta de acordo com farmacêuticas e escassez de doses , o Brasil enfrenta problemas em liberar leitos de UTI, com alguns estados apresentando lotação máxima nos hospitais . Governadores e prefeitos tomaram atitudes como lockdown e aumento de restrições para conter mais uma onda de contaminação da doença.
Contrário ao fechamento provisório do comércio, o presidente Jair Bolsonaro pediu na última semana a reconsideração das decisões dos governadores e solicitou a abertura do comércio. Bolsonaro ainda foi criticado por falar para o país “parar de mimimi” e dizer “chega de choradeira” quando se referiu aos aumentos de casos da Covid-19.
Saúde
Brasil tem maior alta de mortes por Covid-19 entre 10 líderes mundiais




Em seu pior momento da pandemia , o Brasil se destaca entre os piores países no combate à Covid-19 neste momento. Na contramão do mundo, o país registrou alta de óbitos na última semana, diferentemente de 8 das outras 9 nações que compõem o top-10 global de mortes provocadas pela doença, de acordo com análise do jornal O Estado de S. Paulo com base em dados do site Our World in Data, projeto da Universidade de Oxford.
Na última sexta-feira (5), em comparação com o dado de 14 dias atrás, a média de mortes por Covid-19 subiu 30,5% no Brasil, passando de 1.037 óbitos diários em 18 de fevereiro para 1.353 na sexta. O único outro país do top-10 mundial a registrar alta foi a Índia (+8,9%).
Mesmo países que também enfrentam variantes mais transmissíveis viram as mortes caírem nos últimos dias. O Reino Unido , por exemplo, acumula queda de 49,4% no mesmo período que os óbitos cresceram 30,5% no Brasil. Nos EUA , a queda foi menor que a britânica no período, 8,7%. Espanha (-32,1%), Alemanha (-26,8%), México (-24,7%), França (-13%), Rússia (-9%) e Itália (-7,3%) também viram as mortes caírem. A média global de óbitos pela doença provocada pelo novo coronavírus recuou 9,7% entre a última sexta e 14 dias antes.
Entre os dez países com mais mortes, o Brasil superou os Estados Unidos na quinta com a maior média de mortes por milhão de habitantes . Na última sexta, 15% de todos os casos e mortes do mundo – considerando a média móvel – eram brasileiros.
“Temos alta mobilidade da população, resistência ao cumprimento de medidas de distanciamento, variantes mais transmissíveis, sistema hospitalar perto do limite e má gestão e comunicação por parte do governo. Aí se formou a tempestade perfeita”, avalia Ricardo Parolin Schnekenberg, médico brasileiro doutorando em Oxford e colaborador do Imperial College London.
De acordo com os dados oficiais, até sábado (6), o Brasil contabilizava 264.325 mortes e quase 11 milhões de casos . Em 24 horas, foram registrados 1.555 óbitos e 69.609 diagnósticos.