Economia
Copom deve manter Selic em 2% ao ano nesta quarta-feira, prevê mercado
Economia




Apesar da alta na inflação nos últimos meses , as instituições financeiras apostam na manutenção da Selic , a taxa básica de juros da economia, em 2% ao ano, no menor nível da história. A taxa que vigorará nos próximos 45 dias será divulgada nesta quarta-feira (20), no fim da tarde, pelo Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central (BC).
A estimativa de manutenção da taxa consta do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo BC. O Copom reúne-se a cada 45 dias. O anúncio da Selic ocorre após a segunda parte do encontro, em que os membros do Copom, equipe formada pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a taxa.
Na terça-feira (19), no primeiro dia da reunião, foram feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro.
Meta de inflação
A Selic representa o principal instrumento do governo para controlar a inflação , garantindo que ela fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2021, a meta está em 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%. Para 2022, a meta é 3,5%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Até alguns meses atrás, as instituições financeiras projetavam inflação abaixo do centro de meta. A situação, no entanto, mudou com a recente alta no preço dos alimentos . Os analistas consultados no boletim Focus agora projetam que a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) terminará o ano em 3,43%. Para 2022, a estimativa está em 3,5%.
Controle da demanda
O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
A Selic , que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional , registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
Ao manter a Selic no mesmo patamar, o Copom considera que as alterações anteriores nos juros básicos foram suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Já quando o Copom aumenta a Selic , a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.


Economia
iFood no WhatsApp não é golpe; empresa recomenda cautela




O iFood tem surpreendido alguns usuários com mensagens no WhatsApp em que oferece descontos e promoções exclusivas. O mesmo acontece via e-mail. Alguns clientes desconfiados suspeitam de golpes virtuais ou fraudes, como tem ocorrido com cada vez mais frequência nos últimos meses.
A página institucional da empresa esclarece que as mensagens enviadas por WhatsApp e E-mail são verídicas, mas os únicos remetentes confiáveis são o endereço de email tal e, pelo zap, o telefone tal, que já terá o contato do iFood seguido por uma certificação verde.
O site ainda reforça que a empresa nunca vai solicitar dados bancários ou de cartões de crédito, e que está comprometida com a segurança digital e a disseminação de informação confiável.
Você viu?
Qualquer outro número ou endereço que te mande mensagem dizendo ser o iFood é golpe , alerta a foodtech.
Privacidade e segurança
O portal iG contactou o iFood para esclarecer o meio de obtenção dos dados dos seus usuários e as medidas de segurança com estas informações, mas recebemos resposta até a publicação desta matéria.


Se o remetente da mensagem for verdadeiro, o nome da empresa estará ao lado de uma verificação verde, como no print.
Economia
Em investimentos, “ser impulsivo é o principal pecado capital”, diz Werner Roger




Entrevistado na live do Brasil Econômico desta quinta-feira (25), o sócio fundador da Trígono Capital e especialista no mercado de ações Werner Roger afirmou que quem pretende aprender a investir deve ter paciência, diversificar e não apostar. Para ele, o investidor deve evitar ser impulsivo.
“Aposta é algo curto, como uma corrida de cavalo, a mega-sena ou um cassino. As apostas são de muito curto prazo e podem dar um lucro muito grande, mas com chances pequenas. No investimento, você tem controle e ele funciona a longo prazo, no mínimo dois ou três anos no futuro”, explicou.
Sobre a diversificação, ele apontou que é importante começar com ações de empresas em diversos setores, o que garante certa segurança para o acionista que está começando, além de certeza de retorno a longo prazo.
O especialista ainda destacou que o mercado de ações “é um investimento racional, e no longo prazo, isso se traduzirá em retorno. Não é uma expectativa de algo que não está no seu controle, mas uma certeza”.
Roger é atualmente um dos principais especialistas em ‘small caps’ empresas que estão na bolsa de valores com valor de mercado abaixo de R$ 5 bilhões. Ele explicou porque elas podem ser uma boa alternativa para pequenos investidores e iniciantes.
“As small caps são mais estáveis que empresas grandes por não chamarem tanta atenção”, disse durante a entrevista. “Além disso, a recuperação das small caps, diante de uma crise, é consideravelmente mais rápida do que as grandes”, completou.
Estatais
Werner aponta que algumas empresas são mais fáceis de privatizar do que outras. Tanto pelo interesse da população e do governo, quanto pelo interesse do mercado. “A Eletrobrás , além de uma companhia de energia, é responsável por muitas usinas, como a nuclear de Angra. É muito complicado vender uma empresa para o setor privado gerir”, contou.
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Ele avalia ainda que o mercado agiu por impulso durante a troca de presidente da Petrobras. Em investimentos, “ser impulsivo é o principal pecado capital” , frisa
“As empresas que continuam estatais têm um desempenho muito inferior às que foram privatizadas. Na mão do setor privado, essas empresas se dão muito bem e são voltadas para a eficiência e o lucro dos acionistas, e não para o lucro político”, relata.
O baixo rendimento e as intenções políticas das estatais diminuem o atual interesse de investimento nestas empresas, avalia. Suas privatizações, entretanto, podem torná-las mais atraentes.
Ainda assim, Roger ressalta que o mercado tem pouco interesse em privatizar estatais comprometidas com questões binacionais, como a hidrelétrica de Itaipu, ou com interesses políticos diretos, como a Petrobras.
Lives Brasil Econômico
Semanalmente, a equipe do Brasil Econômico traz um entrevistado diferente para discutir assuntos relevantes da economia atual, sempre às quintas, 17h.
Werner Roger, CIO (Chief Investment Officer) da Trígono Capital e colunista do Brasil Econômico, foi entrevistado pela editora do portal iG, Ludmila Pizarro e pelo repórter João Victor Redevilho.
Roger ainda falou sobre os benefícios do dividendos, sobre a escolha de empresas para investir e a retomada de serviços que envolvam o público.
Assista na íntegra!